Me apresentaram a morte dia desses numa conversa de boteco
Não carrega foice como em lendas urbanas, mas sim um saco de vícios e de preguiças
Se ceifa algo, não é a vida de quem foi e sim de quem fica acreditando estar com alguma vantagem sobre quem partiu
Morte é sonolenta e dá passos sempre curtos para disfarçar sua vinda
Não tem rosto, idade, cor nem mesmo roupa
Tem vazio na alma e é nua como quem nasce
Na incompreensão dos vivos, perambula descalça deixando seu rastro. Te abraça no fim de tudo pra começar o misterioso trajeto entre o vulgo fim e o concreto começo do desconhecido.
Desde que a conheci me alertaram para não tentar dividir a conta. Olvidei e paguei sozinho.
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