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Mostrando postagens de dezembro, 2012

-| Desaba[fo]

Aqui pelo menos eu acho que posso falar sem medo de repressão..: Estou d-e-s-m-o-t-i-v-a-d-o! Cansado de ter que trabalhar nas minhas folgas sem extras descentes, cansado de trabalhar num forno sem direito a um ar condicionado, cansado de ter que dar justificativa pelos erros dos outros, cansado de depender dos outros para executar o meu serviço, cansado de assistir (faço questão de não fazer parte) dessas guerrinhas corporativas entre superiores.. Cansado de ir p/ lá sabendo que vou ter isso.. sempre isso.. Salário é bom mas não é o único motivacional.. Se não fosse a competência, o carisma e a dedicação dos envolvidos externos eu já teria abandonado o barco por qualquer salário mínimo que me oferecessem. Definitivamente.. Não quero estar mais lá. E não vou ficar só na vontade.. É meta até o fim do primeiro semestre do ano que vem: Procurar um trabalho administrativo que me remunere bem e que me trate como gente.

-| Cacique

- Já faz três semanas que eu espero por isso. Queria todo dia, toda hora, mas a liberdade me impõe alguns limites, afinal não se pude ter tudo. Pedro, ou "cacique" como seus amigos no Rio gostavam de chamá-lo, se tornou mendigo não faz três meses. De jovem empresário filho de família influente, cansou de trabalho, políticas públicas e conforto e foi em busca da liberdade. Com a roupa de trabalho numa tarde de segunda feira jogou seus documentos pro alto, deu um beijo apertado na sua secretaria e saiu com os olhos latejando de tanto stress. Não se importava com números, marcas ou caprichos que ele ou alguém poderia ter a respeito da vida. Queria andar e dançar. Saber que oito horas do seu dia estavam fadadas a ouvir pessoas indiferentes e chefes que ignoravam sua individualidade só tornava o desanimo maior e acelerado. Conseguia juntar R$ 60,00 por dia com trocados dos engravatados da grande avenida e se divertia com isso. - Huahauh isso é o dobro do que ganha me

-| Amor é para si

  Ela chorava e quase se rasgava ao se separar de Milo. Depois de construir sua torre de babel em cima da areia, Deus, na sua misericórdia e bondade, veio derrubar. Tinha outros planos para ele que ele não conseguia enxergar. Estuprou verdades com a boca e deixou que a rua toda ouvisse. Não de propósito, sentei próximo para descansar e ouvi: -  Seu amor é ganancioso e egoísta como o amor dos outros. Como o amor dos que amam da boca pra fora, dos que amam pelo excesso de amor próprio mesmo não sustentando seu próprio peito nos teus pilares. Seu amor é baixo e mesquinho a ponto de recitar juras, apenas para garantir conservada a presa, manter fresca carne, do corpo já vulnerável ao teu veneno. Seu amor é sujo, sujeira dos carnavais que outrora te faziam se sentir alguém e hoje só relembram seu passado vazio e improdutivo. Seu amor é tão ausente de Amor, que no meio do meu tango, teve a ousadia de aparecer com teu vinho barato, com tuas mãos calejadas não pelas flores que um