Subindo, descendo. Mais descendo que subindo. São Paulo acolhe todo tipo de formato, curva e personalidade.
Já cedo os corpos vivos são carregados pelo espírito Paulista em direção aos seus postos. Trabalhadores, ex-trabalhadores, novos trabalhadores e aprendizes de futuras funções.
Tem gente 'sem casa' também, não me esqueço e não deixo de olhar para elas. Gente que dorme estranho, come estranho e fala como a maioria dos paulistas. Falam sozinhos, falam rápido ou simplesmente querem falar e não podem.
Reparo muito nos engravatados também. Dá p/ ver na gravata torta e no olhar inchado que essas maquinas administrativas também cansam. Andam lento de manhã, mãos baixas e cabeça como sempre erguida.
Foram esses nada nos figurantes da matina que possa me chamar a atenção, exceto a própria São Paulo. Pixes nos locais mais altos em que há construção. Uma neblina que conscientemente todo paulistano sabe que não é só frio. Bueiros com leve vapor, pombas 'ciscando' o nada, buzinas, filas de carro, filas de ônibus, filas de gente e fila de filas.
Não sei o que pensam todos os moradores daqui. Mas nesta manhã só penso nos 'sem casa' que vi. Estavam cobertos e jogados de um modo tão estranho. Pareciam mortos tampados com panos velhos. É, de certa forma são mortos. Vitimas de outros engravatados.. acredito eu na maioria paulistas também.
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