Todos os dias da minha vida, é um dia que eu perco, é um dia que eu morro. Cada segundo escorre entre os dedos e me entregam a temida terceira idade. Cada hora e cada passo que eu dou, um abismo, um degrau, um obstáculo. Tudo programado para ser hoje.. Nada ontem, ninguém amanhã. Cada espaço que eu tenho não é meu, cada lembrança que eu tenho, deixado na lembrança, cada murro, outro murro. Eu mereço, eu compro, vendo eu, deixa eu, mas nunca eu. Complexo emaranhado de nadas e algumas coisas que escolhi. Sementes sem terra, plantação sem colheita, medo da perda do que nem sei se tenho.